Coberturas

Em meio a tantos shows esse ano, às vezes os mais memoráveis não são aqueles que enchem estádios, que contam com mais sinalizador do que clássico da série B, aqueles que têm mais pirotecnia do que no ano novo, mas sim aqueles que te levam para tempos mais simples, quando a vida parecia ser mais fácil; está aí o verdade

A “febre papanguística” parece ter caído bem em todos, e não por acaso: com muita criatividade, improvisação e total liberdade artística para simplesmente fluir em cada nota e composição, a banda entrega ao vivo uma experiência única e catártica, daquelas que marcam por conseguir, de forma tão natural, unir tantos elementos distintos em uma experiência sonora rica e “viva”.

O domingo amanhecia tão quente quanto o dia anterior, servindo como aviso de que seria um dia para ingerir muito líquido e andar junto ao protetor solar. A movimentação em torno do Memorial da América Latina era menor do que no dia anterior, talvez como consequência da necessidade de recuperação para alguns, antes que pudessem voltar ao front. Fato é que ainda estaria por vir mais um dia cheio de performances e muito agito.

O dia começava cedo para as muitas pessoas que atravessavam a rua da Barra Funda para se alinharem à fila que começava a tomar forma em frente ao Memorial da América Latina. Um grande número já enfileirado de camisas pretas que se demonstravam ansiosas para o dia, aproveitando o clima festivo muitas vezes com uma cerveja em mãos.

Os finais de semana estão cada vez mais lotados de eventos e apresentações vindas de todos os cantos do mundo. A cena nunca antes esteve tão em alta, com várias opções de rolês e shows para satisfazer cada subgênero do rock e metal. Mas se engana quem pensa que o foco e a atenção do público estão somente voltados ao exterior, com uma cena nacional extremamente ativa, seja ela em um caráter mais mainstream ou underground.