Últimos anos e a queda do “Iron Man”
Nos últimos tempos, a saúde de Ozzy vinha piorando. Após um acidente com um quadriciclo em 2003, recebeu diagnóstico de Síndrome de Parkingson, sofreu sucessivas cirurgias na coluna e chegou a ficar clinicamente morto por mais de um minuto, segundo Sharon. Apesar dos altos e baixos, Ozzy manteve o esforço para voltar aos palcos — mesmo quando seu corpo já não o acompanhava.
Em 2023, cancelou shows pela Europa alegando estar “fisicamente fraco demais”. Em maio de 2025, em entrevista ao The Guardian, revelou estar enfrentando depressão grave durante o tratamento:
“Você acorda e tem algo novo dando errado. Parece que nunca vai ter fim.”
Foi Sharon quem teve a ideia de montar o show de despedida: Back to the Beginning, realizado em julho de 2025, no Villa Park, em Birmingham. Lá, Osbourne encerrou de forma simbólica e poderosa a sua caminhada nos palcos.
Um legado eterno
Ozzy foi muito mais do que a imagem construída em anos de excessos. Ele foi o canal por onde a dor, o caos e a energia incontrolável da juventude encontraram forma sonora. Um ícone cultural, um inovador de estilos, e uma alma complexa que navegou entre a escuridão e a redenção.
Do riff inicial de “Black Sabbath” ao refrão eternamente arrepiante de “Iron Man”, sua presença moldou e continuará moldando (pela eternidade) tudo o que entendemos por heavy metal.
Descanse em poder, Príncipe das Trevas.
See you on the other side.