No More Death apresenta álbum de estreia The Death is Dead com thrash metal visceral

Quando a morte encontra seu fim na fúria do trash metal

Crédito foto: Alan Luiz da Silva


O thrash metal brasileiro ganha um novo protagonista com o No More Death, projeto idealizado por Tiago Torres, ex-fundador, guitarrista e vocalista do Mad Dragzter (ativo entre 2001 e 2015). Após quase uma década longe dos palcos, Torres retorna com The Death is Dead, álbum de estreia que chega como declaração de princípios e herdeiro legítimo da escola brasileira do gênero, forjado com a mesma fúria que projetou bandas como Sepultura para o cenário mundial.


The Death is Dead explora o tema mais universal e complexo da humanidade: a morte. Com estética ultraminimalista criada por Jean Michel (DSNS ART), o álbum questiona como lidar, escapar e até mesmo exterminar a morte. "O tema é o mais complexo e profundo de toda a raça humana em todos os tempos: a Morte. Como lidar com ela. Como escapar dela. Como exterminá-la. Como viver para sempre? Isso é possível? Contamos no álbum como isso não só é possível como já foi resolvido", explica Tiago Torres.


A faixa-título funciona como núcleo conceitual da obra, relatando o surgimento da morte através da rebelião humana e a posterior chegada de um personagem com a missão de "vencer, matar a morte definitivamente". Torres detalha: "Para isso, ele precisa morrer, experimentar a morte e retomar sua vida, voltando do mundo dos mortos. Ressurgindo. Ressuscitando".

O No More Death surgiu naturalmente do acúmulo de riffs, ideias e melodias que Torres carregava desde o fim do Mad Dragzter. "Em algum momento eu sabia que voltaria a fazer música. E isso começou a tomar forma em 2024, quando começamos a gravar o álbum e transformar as ideias em músicas. Foi algo independente do que estava acontecendo na cena naquele momento. Até porque o Thrash Metal é eterno e tem legiões de fãs antigos e novos".


Torres gravou todas as guitarras, vocais e baixos do disco, mantendo o controle criativo que o caracterizou durante sua trajetória anterior. O álbum conta com coprodução de Demis Kohler, responsável pela engenharia de som, timbres, mixagem, masterização e execução de todos os solos de guitarra.


As influências do projeto misturam clássicos internacionais como Metallica, Slayer, Testament e Exodus com a identidade visceral do thrash metal nacional. "Ouço Thrash há quase 40 anos. Está no meu DNA. E a fase de ouro do Sepultura moldou o jeito de todo brasileiro tocar e compor. Também trago comigo o legado de bandas como Korzus, Ratos de Porão e a fase thrash do Overdose. Tudo isso entrou no liquidificador que pariu o No More Death", revela Torres.


Apesar das influências evidentes, o projeto busca identidade própria: "Nosso foco é ter identidade própria, criar algo com uma cara única. E acredito que conseguimos isso com o primeiro álbum".

The Death is Dead apresenta riffs afiados, velocidade extrema e peso característico do thrash metal, combinados com abordagem lírica profunda. A produção busca equilibrar a agressividade crua do estilo com clareza sonora que permite apreciar todos os detalhes técnicos.


O lyric video da faixa-título, criado por Marcelo Silva, já está disponível no YouTube, oferecendo primeira amostra da proposta visual e sonora do projeto.


O Mad Dragzter, projeto anterior de Torres, lançou três álbuns entre 2001 e 2015, conquistando reconhecimento nos cenários nacional e internacional do thrash metal. Com o No More Death, o músico demonstra evolução natural sem abandonar as características que definiram sua identidade artística.


The Death is Dead posiciona-se como continuação orgânica do legado do thrash metal brasileiro, carregando a tradição de bandas que definiram o som nacional do gênero enquanto busca caminhos próprios para a nova década.


O álbum está disponível nas principais plataformas digitais, marcando o renascimento de um dos nomes mais consistentes do thrash metal nacional e prometendo nova fase produtiva para Tiago Torres e o cenário do metal brasileiro.

The death is dead